sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Apetece-me falar de nós...

Lembro-me tão bem de como tudo começou.

Enquanto preparava o jantar, recebo uma chamada. Era a Patrícia:
- Kate, prepara-te porque hoje a noite promete. Passo para buscar-te às dez!
- Não me apetece sair. Vão vocês, hoje não serei boa companhia.
- Shut up. És sempre boa companhia sim.. Já vi que estás em baixo. Vou buscar a Ly e a Ju. Aparecemos aí daqui a 20 minutos.
- Mas ainda é cedo.
- Sim, mas nós temos que te animar para, assim que puseres o pé fora de casa, poderes já esboçar um sorriso.
- Ok, ok. Tragam as coisas. Dormimos todas aqui em casa. Os meus pais foram à terra. Massa para quatro..
- Combinadíssimo, ' já.


Assim que pouso o último prato na mesa, tocam à campainha, quatro vezes seguidas. É, desde sempre, o nosso sinal. Fui abrir e estavam as três a mostrar a língua para a câmara. Decididamente, eu era a única que estava em baixo.. Mas iria ser por pouco tempo.

O jantar foi animado. Antes, tirámos à sorte quem conduzia naquela noite. Voluntariei-me, não estava com disposição para festa, muito menos, para beber álcool.
A preparação foi, como é habitual, cheia de gargalhadas, com frases como "não me façam rir se não vou borrar a make up", "m*rd@, já pintei os dentes"... É sempre assim quando nos juntamos. Elas são minhas amigas desde que me conheço como gente. Andámos juntas da creche, até ao secundário, separando-nos apenas quando entrámos para a faculdade. Muitos costumam comparar-nos às quatro magníficas do Sexo e a Cidade, o que nos provoca risos incontroláveis.

Depois de nos vestirmos e de deixarmos o quarto preparado para a nossa chegada (quatro colchões juntos, no chão do meu quarto, como fazemos desde a época em que jogávamos ao esconde-esconde), já me sentia mais animada e com mais disposição.
Lá fomos para o Bairro, numa noite de primavera com cheiro a verão.

Depois de muita conversa, risos e dança sinto-me observada. Olho para trás e vejo um rapaz vir na minha direcção. Havia qualquer coisa nele que me prendia, talvez o olhar negro-noite ou o sorriso...

Aproximou-se, pediu-me para dançar. Em situações normais, teria recusado, mas fui incapaz de dizer não.

(...)

1 comentário:

  1. Oh querida Kate...
    Como fico feliz por teres decidido voltar.. É bom saber que encontraste finalmente a paz de que precisavas, que te viste livre dos fantasmas do passado.

    Agradeço-te todos os comentários que deixaste lá no meu espacinho. Imensamente Obrigada!

    Tu nunca me deixas ir abaixo, apoias-me, fazes-me ver que tenho valor e algum talento.
    Nunca escrevi para que me fizessem comentários bonitinhos, a dar elogios, sabes bem que não foi isso. Sempre escrevi por necessidade. É claro que os comentários são um alento, um afago da alma, mas mesmo se eles não existissem, não haveria problema porque escrevo para mim.. Não me importa se tenho ou não esse talento que dizem que possuo.

    Obrigada por me considerares essa pessoa de coração lindo e puro. Não sei se o sou ou não.. Tenho alguns inimigos que não diriam isso certamente, mas a opinião desses em nada me atormenta. Tento ser perfeita na minha imperfeição.. É fácil :)


    E estou ansiosa para ver a continuação deste texto... Sabes, não é porque as coisas acabam mal que devemos deixar de falar nelas. Sei que passaram juntos, momentos lindos.. E esses, são boas recordações que enchem o coração.

    Beijinho querida
    (não tenho tanta certeza, como tu, do meu final feliz.. )

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